domingo, 13 de novembro de 2011

A MULHER DE BRANCO 1

 1   Ele estava nervoso quando o procurei e sua voz trêmula confirmava incansavelmente: "eu chegava quase as duas horas da madrugada e nunca vi uma coisa daquela". Indaguei, você usa drogas ou teria bebido? e ele me respondeu: "você tá me chamando de mentiroso?". Não, jamais. Falei pra ele: é que as vezes imaginamos coisa que parece ser real. Verdade, droga, bebida ou mentira, não podemos confirmar e nem fazemos questão, mas duas pessoas  dizem que no novo conjunto habitacional do Aldemar de Carvalho, ronda o boato em que depois de uma hora da madrugada, perambula uma mulher de branco, cabelos lisos e sangue a gotejar pela boca. O vestido longo não mostra as pernas e que dá a sensação flutuante e de sua face roxeada. Há quem confirme que não há mãos, apenas o reflexo esbranquiçado das mangas longas de seu vestido. Ela apenas aponta para a escuridão e desaparece. Veio-me a memória de um boato parecido na década de 80 em Aracaju, onde uma mulher de branco pela madrugada vivia a pedir carona a motoqueiros. Portanto, todo cuidado é pouco com essa tal de "mulher de branco", pode ser uma fria.

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