Era ainda "meninote" quando fugia dos seios de "mama" e "papi" à fim de acompanhar os comícios dos políticos de Lagarto, naquela época já ouvia falar de um padre que teria sido envenenado na igreja após levantar o cálice e dizer: "tomai e comei todos vós.....". O padre tomou o vinho sozinho e num breve intervalo de tempo caiu no altar. segundo os boatos da época, esse padre fazia sermões tendenciosos a um grupo político. Mas voltando, alguém poderia me perguntar: uma criança que se afastava dos pais para acompanhar comícios? E no passado não havia transporte suficientes para atender a demanda. Era "pau de arara" mesmo e dependendo da distância as carroças nos servia bem. Criança é criança. Mas não tinha jeito, fugia de qualquer maneira para ouvir as balelas e aguardar que depois da "falação" e às vezes antes, chovia balas, pirolitos, pipocas empacotadas e não havia festa melhor. Não me lembro o que aquela gente falava. Eles trepavam num caminhão e com um serviço de som de péssima qualidade "vendiam o peixe", mas as balas eram de graça. Muita das vezes saia de mãos vazias, pois existiam "guris" maiores que eu e sem perceber estava bem longe. Lembro do saudoso Zé Vieira e Dr. João, esse último, coitado, era tão magrinho que parecia invisível. Uma vez fui parar no Povoado Brasília e defronte o mercado daquele local uma grande multidão acompanhava o comício de José Augusto Vieira(nesta época concorria ao cargo de deputado estadual com Luiz Augusto Ribeiro, o "Pupinha", pai do Deputado Gustinho Ribeiro), foi o ano dos Augustos, pois ambos se elegeram, porém eleitos uma vez. Desse dia, não recordo como retornei. Cansava dos comícios, pois já não existiam mais as chuvas de balas(doces), mas chuva de ódio entre os políticos. Jovem, alargando os "beiços", criando cratera no rosto no início da puberdade, ainda não podia largar o gosto dos comícios e desta feita não havia mais necessidade de fugir, pois estava (dono do meu nariz). A era das grandes bandas e cantores nas campanhas eleitorais começava. O ponto mais marcante dessa época e já com um término (pois hoje não se permite mais as farras de shows) foi no último comício de Cabo Zé na praça Filomeno Hora. Cantora: Margareth Menezes, essa quando foi chegar o dia já clareava, porém o povo esperou. Ouve até um boato em que desviaram a mesma para outra cidade fora de Sergipe. E era uma poeira, gente com os cabelos esticados segurando vassouras. Uma loucura. Amanheceram o dia. E Cabo ganhara para Artur Reis com mais de 200 votos. Até no dia da apuração tinha mais lampiões que fiscais(segundo Cabo, para preveni se caso faltasse energia, pois o seu irmão em outra eleição teria perdido a eleição depois que em uma contagem de votos, a energia faltou). Lagarto realmente é uma magia. E relatar esses poucos acontecimentos de nossa história política faz-me refletir: Tão bom se os embates entre os políticos de nossa terra baseassem apenas na área das idéias e as questões pessoais não se misturassem com as paixões. Pois são dessas histórias que nos orgulhamos e não de informações distorcidas à fim de se ganhar eleição, gerando conflitos entre os moradores, principalmente nas famílias. Acho que a política tem que ser feita em ações e não de calúnias e difamações.
sexta-feira, 8 de julho de 2011
A INOCÊNCIA DESABROCHOU
Era ainda "meninote" quando fugia dos seios de "mama" e "papi" à fim de acompanhar os comícios dos políticos de Lagarto, naquela época já ouvia falar de um padre que teria sido envenenado na igreja após levantar o cálice e dizer: "tomai e comei todos vós.....". O padre tomou o vinho sozinho e num breve intervalo de tempo caiu no altar. segundo os boatos da época, esse padre fazia sermões tendenciosos a um grupo político. Mas voltando, alguém poderia me perguntar: uma criança que se afastava dos pais para acompanhar comícios? E no passado não havia transporte suficientes para atender a demanda. Era "pau de arara" mesmo e dependendo da distância as carroças nos servia bem. Criança é criança. Mas não tinha jeito, fugia de qualquer maneira para ouvir as balelas e aguardar que depois da "falação" e às vezes antes, chovia balas, pirolitos, pipocas empacotadas e não havia festa melhor. Não me lembro o que aquela gente falava. Eles trepavam num caminhão e com um serviço de som de péssima qualidade "vendiam o peixe", mas as balas eram de graça. Muita das vezes saia de mãos vazias, pois existiam "guris" maiores que eu e sem perceber estava bem longe. Lembro do saudoso Zé Vieira e Dr. João, esse último, coitado, era tão magrinho que parecia invisível. Uma vez fui parar no Povoado Brasília e defronte o mercado daquele local uma grande multidão acompanhava o comício de José Augusto Vieira(nesta época concorria ao cargo de deputado estadual com Luiz Augusto Ribeiro, o "Pupinha", pai do Deputado Gustinho Ribeiro), foi o ano dos Augustos, pois ambos se elegeram, porém eleitos uma vez. Desse dia, não recordo como retornei. Cansava dos comícios, pois já não existiam mais as chuvas de balas(doces), mas chuva de ódio entre os políticos. Jovem, alargando os "beiços", criando cratera no rosto no início da puberdade, ainda não podia largar o gosto dos comícios e desta feita não havia mais necessidade de fugir, pois estava (dono do meu nariz). A era das grandes bandas e cantores nas campanhas eleitorais começava. O ponto mais marcante dessa época e já com um término (pois hoje não se permite mais as farras de shows) foi no último comício de Cabo Zé na praça Filomeno Hora. Cantora: Margareth Menezes, essa quando foi chegar o dia já clareava, porém o povo esperou. Ouve até um boato em que desviaram a mesma para outra cidade fora de Sergipe. E era uma poeira, gente com os cabelos esticados segurando vassouras. Uma loucura. Amanheceram o dia. E Cabo ganhara para Artur Reis com mais de 200 votos. Até no dia da apuração tinha mais lampiões que fiscais(segundo Cabo, para preveni se caso faltasse energia, pois o seu irmão em outra eleição teria perdido a eleição depois que em uma contagem de votos, a energia faltou). Lagarto realmente é uma magia. E relatar esses poucos acontecimentos de nossa história política faz-me refletir: Tão bom se os embates entre os políticos de nossa terra baseassem apenas na área das idéias e as questões pessoais não se misturassem com as paixões. Pois são dessas histórias que nos orgulhamos e não de informações distorcidas à fim de se ganhar eleição, gerando conflitos entre os moradores, principalmente nas famílias. Acho que a política tem que ser feita em ações e não de calúnias e difamações.
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