quinta-feira, 7 de julho de 2011

A MANDIOCA ENTROU E DOEU

 O  título desta matéria pode até confundir o leitor, mas como títulos são sempre títulos, serve para chamar a atenção ou indicar o assunto do texto. Mas de que maneira essa "mandioca entrou e doeu"? Tudo que preocupa dói na consciência e no psicológico do ser humano e em se tratando de desconfiguração de um controle político, dói muito, não uma dor que se baseia numa canção melancólica da cantora Roberta Miranda ou tão pouco numa expressão do "cantor", humorista e deputado Tiririca: "uma dor que dói, mas não dói". Mas doeu bravamente aos opositores do prefeito Valmir Monteiro a realização do evento determinado FESTIVAL DA MANDIOCA. Antes da festa a popularidade de Valmir estava rastejando e seus opositores com a ladainha "o prefeito não faz nada" e achavam que quanto mais o tempo passava essa impopularidade fosse decrescente. Mas bastou acontecer o primeiro dia festivo, quando a cidade testemunhou a inundação de pessoas nas artérias,  aquela apoteose que parecíamos não estarmos em Lagarto e no outro dia a auto-estima da cidade transbordando. Doeu tanto que até hoje os programas de rádio da cidade ainda tenta argumentar: "Não poderia ter gasto o dinheiro desta festa na saúde, educação, na melhoria das ruas?". Doeu tanto que mesmo esses apresentadores de rádio se esqueceram que são esclarecidos sabem que verba do Ministério do Turismo não se pode destinar para outros fins e passam aos seus ouvintes uma informação errada. Mas de fato não esperavam que Valmir fosse capaz de tão grandioso evento, ainda repassou aos funcionários do Município a metade do décimo terceiro, seguido de antecipação dos vencimentos no dia 22 de junho. E aliados do Prefeito ainda lembram a população que antes para se curtir evento da natureza, teria que ir para cidades próximas ou ter que pagar entrada no Parque de Vaquejada. Mas apesar de festa gerar renda ao município, o prefeito terá que ao menos cumprir boa parte de suas propostas de campanha: O bolsa família Municipal, o Ceasa, calçamento de várias artérias, entre outros. sabemos que o resgate das tradições estamos cientes que estão sendo cumpridas: O encontro cultural do Santo Antonio, festejos juninos, concurso de literatura de cordel, concurso de poesia, entre outros. Enquanto a dor do festival da mandioca não passa, os acertos políticos devem acontecer, inclusive a triagem de pessoas as quais o prefeito deixou na administração e que ao tempo todo lhe dar "afinetadas" e faz campanha ao contrário. Certo dia o prefeito me falou: "olha, Valter, essa política atrasada de bole-bole e saramandaia eu não quero persistir. Achei bonito o seu ato, mesmo porque as alianças acontecem e o pula-pula" em Lagarto é muito grande no período eleitoral e até antes. Mas em política não se pode confiar em adversários políticos com a confiança e o patrocínio do gestor. A política existem duas faces: ou é ou não é. Porque na hora de votar NÃO HÁ COMO DIVIDIR O VOTO. Em Lagarto há vários tipos de eleitor: aquele que vota por insatisfação da administração, aquele que vota por receber migalhas, aquele que acredita no gestor(acha que há dificuldade e com o tempo vai melhorar), aquele que vota no outro por não ter ganho nada do prefeito atual, aquele que o pai ou a mãe faleceu e pediu para ele nunca deixar de votar num grupo, aquele que apesar de ter levado "xicotada'' de um político de grupo, mas vota porque gosta de "apanhar". Aquele que vota num candidato que é mais apresentável fisicamente, eleitor que vota porque recebeu um bom atendimento num posto de saúde ou hospital, aquele que vota por ter recebido peixe na semana santa, aquele que alguém bem argumentado foi lá e conseguiu o voto, aquele que muda na boca da urna(esse faz grande diferença), aquele que estuda as ações de cada candidato antes de votar. Enfim, há uma variedade de eleitor. Mas há de convir que também há uma variedade de candidatos e que torna a política um universo de acontecimentos. Mas acho que politicamente Valmir precisa acordar um pouco, reorganizar seu grupo e fazer um resgate para aqueles que pensam em desistir de votar nele, mas para isso, enquanto a "mandioca está extasiando" os "gregos e troianos" será preciso fazer algumas trocas, principalmente naquele tipo de eleitor citado: o que levou "xicotada" antes, votou em quem lhe "xicoteou", ganhou um tratamento, mas que prefere voltar para levar mais "xicotadas".

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