quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

A MULHER DE BRANCO 2

   Como diria meu amigo Ivo Adnil (teatrólogo): "o maior fordunço" esse boato de mulher de branco. Uma senhora que todas as madrugadas de segunda vai ao mercado para vender arroz doce, mungunzá e mingau de puba, me parou para dizer que também a viu. Parece estória de trancoso. Ela com seu esposo e uma galinhota com sua mercadoria saiam de casa e depois de aproximadamente andarem uns cinquenta metros avistaram algo inesperado e desconhecido, um vulto branco pelo mesmo local o qual já teria passado. Avistara por causa de um gemido de dor sequenciado e olharam para traz. A senhora me disse que a tal mulher de branco teria a aparência de uma japonesa, cabelos longos e lisos, olhos repuxados, rosto esbranquiçado como se tivesse espalhado pó, olhos negros, porém brilhantes, mãos quase que cobertas com as mangas do vestido branco e dedos finos transparecendo os ossos e unhas com uns 5 centímetros. Não tinha os pés no chão e andava flutuando. O casal corria e cada passo parecia que a tal assombração se aproximava. A mulher de tão nervosa caiu e não ouve tempo de se distanciar, enquanto seu marido covardemente "capou o gato". A senhora trêmula no chão, quase que sua voz paralisada, afirmou jamais ter visto algo tão medonho, perguntou o que a mulher de branco queria, ela com os olhos a escorrer sangue até a boca parou de gemer aquele som diabólico e disse com eco: "quero ver sangue jorrar", ao mesmo tempo apontava para um matagal em frente a um determinado campinho de futebol. A senhora começou a pedir socorro e a se arrastar pelo chão. Foi então que alguns vizinhos no residencial campo da Vila, vieram a ela e socorreram. Num piscar de olhos dessa senhora a mulher de branco desapareceu, mas, segundo a senhora ficou todo o resto do dia em pânico e que não consegue dormir como antes, foi ao psiquiatra para requisitar um calmante. E diz que até hoje ouve a voz da mulher de branco a murmurar: "eu quero sangue".

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